Aos 25 anos de idade e com 8 anos dedicados ao futebol americano, João Vitor Brito Camargo, codinome “Queixada”, ou carinhosamente chamado pelos próximos de “Queixo”, anunciou a aposentadoria ao FABr e agora foca em sua carreira.
Queixo conheceu o FABr quando ainda morava em Pouso Alegre. Na fundação dos Gladiadores, participou dos 5 primeiros treinos, mas logo parou, pois estava se dedicando e competindo em outra modalidade, a natação.
Ao se mudar para Belo Horizonte em 2011, o torcedor dos Cowboys e apreciador do programa Clemson Tigers, ingressou na única equipe da cidade na época, o Minas Locomotiva, atual América Locomotiva.
Com 68kg e 1,75m na época, começou na posição de SS, foi passando por outras posições e se adaptando conforme o crescimento. Já jogou de DE mas no auge com 105kg e 1,86m se destacou como LB.
Tricampeão mineiro pelo Locomotiva em 2016, foi para o Sada Cruzeiro, onde foi campeão da Copa Minas e BFA em 2017. Em 2018, com nome Galo FA, foi campeão mineiro e nacional. Esse ano conquistou mais um estadual pelo Galo e, assim, pendurou as chuteiras.
Dos 8 anos de carreira, Queixo destaca alguns momentos pessoais que marcaram sua trajetória. “Fui premiado como Unsung Hero em 2017 pelo Daniel Levy e Lex Braga (prêmio interno), acho que esse foi um momento marcante para mim. Outro ponto que acho gratificante é ter sido Middle Linebacker Títular por 3 anos seguidos no projeto Eagles, mesmo com grandes nomes ao meu redor. Em 2016, último ano no Locomotiva, jogando como DE, nos dois jogos contra o Eagles, consegui 8 sacks no Álvaro, acredito ter contribuído bastante para o Locomotiva não ter perdido a invencibilidade mineira naquele ano” contou.
Durante sua carreira, Queixo também passou por épocas difíceis. “Em alguns momentos pensei em parar para dar prioridades nas outras coisas da vida. Todos sabemos que não se fica rico jogando FA, pois é um esporte muito amador ainda” comentou.
Queixo resolveu aposentar para se dedicar a sua outra carreira, a de Programador. Conseguiu uma boa oportunidade no Canadá para aprimorar suas habilidades profissionais e agora concentra todos os esforços nessa área. “Estou dando prioridade para minha formação no momento, o FA tem tirado mais de mim do que me dado, então é o momento certo de parar. Como diz o ditado, é mais difícil se manter campeão do que ser campeão” comentou.
Viver de FA já é uma realidade no Brasil, mas ainda para poucos. “Nos últimos 2 anos estava vivendo do esporte, tinha um contrato com Eagles, mas minha profissão é Programador, Desenvolvedor de Jogos e venho fazendo Freelancer nesses últimos meses” contou antes de partir paro o Canadá.
Ao questionar se um dia voltaria para o FABr como jogador ou coach, Queixo deixa uma pequena esperança para nós. “Eu não tenho intensões de jogar FA novamente, a não ser que seja algo extraordinário. Ao longo desses anos no Locomotiva e Eagles acabei sendo coach de time de júnior e base, então acredito que possa ser uma opção mais para frente”, finalizou.