FA de Favela: projeto social tem o futebol americano como base para mudança de vida de jovens carentes

Não é só um esporte. É uma ferramenta, uma forma de abrir o leque de possibilidades que é colocado na frente da molecada do bairro São Paulo, em Belo Horizonte.

Liderado pelo Adam Araújo, o Sargento, o FA de Favela tem ganhando os holofotes da comunidade do futebol americano. O projeto social tem como objetivo, além de ensinar um novo esporte e todos seus fundamentos, o de manter os jovens longe da criminalidade, ensinando-os respeito, companheirismo, responsabilidade, amizade, disciplina, trabalho em grupo.

Adam, que é atleta do América Locomotiva desde 2011 (e com passagens pelo Corinthians Steamrollers e Jaraguá Breakers), atribui muitas conquistas pessoais ao futebol americano, por ter aprendido, através dele, diversos valores que, trazidos para seu cotidiano o ajudaram a prosperar.

Foi assim, com os valores acima de tudo, que o FA de Favela chegou aos ouvidos da NFL e, logo depois, da ESPN Brasil. Pela NFL, Adam gravou um documentário mostrando todo seu trabalho e ainda foi convidado para estar presente no Super Bowl, em fevereiro de 2019. Pela ESPN, seu trabalho vem sendo divulgado e, novamente, espalhando os valores do esporte.

 

Seus pupilos já demonstram o aprendizado. Daniel, um garoto de 14 anos, acompanha o esporte mesmo sem acesso à TV à cabo. Ele procura pelos vídeos e transmissões da NFL no Youtube. Daniel representa seus companheiros de time que se dedicam ao esporte e se entregam à possibilidade de mudança que lhes é apresentado.

O Adam não pretende manter o projeto como exclusividade da sua comunidade ou de Belo Horizonte.

O projeto foi desenhado para se multiplicar. A ideia é mandar para outras cidades do Brasil mesmo. Inclusive, quem quiser um braço do projeto em sua cidade, me procure nas redes sociais que vamos expandir do FA de Favela para todas as quebradas do Brasil

Para ajudar o projeto FA de Favela, foi aberta uma Vakinha online com o objetivo de comprar equipamentos (pads, capacetes, chuteiras) além de manter as despesas que o projeto exige.

Texto: Ana Flores

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